Brasil, 29 de março de 1549. Desembarcam em Arraial do Pereira, na Baía de Todos Santos, os jesuítas Manoel da Nóbrega, Antônio Pires, Leonardo Nunes, João de Azpilcueta e os irmãos Vicente Rodrigues e Diogo Jácome. Viajaram por 56 dias, de Portugal até o Brasil, acompanhados por Tomé de Sousa – primeiro governador-geral do Brasil – e outros membros da comitiva portuguesa.
Os jesuítas chegavam com a missão de transmitir a doutrina cristã e de ampliar o alcance do cristianismo no mundo. A evangelização e a implantação das primeiras igrejas foram apenas algumas das grandes influências e marcos históricos e sociais trazidos pela Companhia de Jesus ao Brasil: ela também viria a se destacar com a fundação das primeiras cidades e escolas. Exemplo disso ocorreu em 1554, quando alguns jesuítas – entre eles, padre José de Anchieta, SJ – fundaram o Colégio de São Paulo de Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo.
No Piauí, há informações sobre os jesuítas desde 1607, mas eram missionários de passagem rumo ao Maranhão. O governo de Pernambuco, na época, procurou a Ordem para a criação de uma missão em terras maranhenses. Segundo registros, a Companhia começou a desenvolver suas atividades missionárias na região em 1696, a partir da comunidade fixada na Serra da Ibiapaba. A herança deixada pelo sertanista Domingos Afonso, o Mafrense, ajudou, então, os jesuítas a se fixarem terras piauienses, em 1711.
Em 1759, eles são expulsos do Brasil. Marquês de Pombal acusou os jesuítas de conspirar contra o Estado, expulsou-os de Portugal e de seus domínios, confiscando seus bens. A França, a Espanha e os demais países europeus adotaram a mesma medida, e o próprio Vaticano extinguiu a Ordem em 1773. A Companhia somente é restaurada em 1814, pelo papa Pio VII, e os jesuítas retornaram ao Brasil em 1842. Ao Piauí, regressaram em 1960, quando assumiram a direção do Colégio Diocesano.
Desde então, inúmeras obras da Companhia de Jesus foram surgindo em todo o território nacional, abrangendo os campos educacional, social e espiritual. Sempre guiados pelos ensinamentos de Santo Inácio de Loyola, SJ, fundador da companhia. Essas obras têm como missão promover a transformação da sociedade por meio da espiritualidade, da promoção social, do diálogo intercultural e inter-religioso, do serviço da fé e da promoção da justiça.
Hoje, no Brasil, ao todo são 18 escolas voltadas para a Educação Básica. Elas integram, desde 2014, a Rede Jesuíta de Educação (RJE), criada com o intuito de unificar e alinhar as obras do ensino básico. Além disso, a Companhia de Jesus ainda atua fortemente na área de Educação Popular, desenvolvendo ações com comunidades locais e, no Ensino Superior, mantendo seis universidades e faculdades.
Já no campo social, são 49 unidades com promoção de ações socioeducativas e sociais, que vão desde concessões e gestão de bolsas de estudo a projetos e serviços sociais de incidência socioambiental direta. Por fim, a Companhia de Jesus ainda mantém Centros de Juventude, que proporcionam a formação integral do jovem por meio de vivências da vocação em Cristo.
Em Teresina, estão cinco das obras brasileiras. São elas: Colégio Diocesano, Diocesano Infantil, Escola Padre Arrupe, Escola Santo Afonso Rodriguez e o Centro Social Padre Arrupe. “Atingimos em torno de 2.500 crianças e adolescentes. Todos eles são instruídos de acordo com a missão da Companhia: formar pessoas melhores para fazer o mundo melhor. Já no Projeto Social Padre Arrupe, são quase 700 idosos que participam das atividades voltadas para a valorização da vida, para o bem das pessoas e da sociedade”, ressalta o diretor geral, Pe. Vicente Zorzo.
Fonte: Portal Jesuítas Brasil
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